Teoria Agostiniana da Beleza
- “A Beleza de qualquer objeto material está na harmonia das partes, unida a certa suavidade de cor”
- Santo Agostinho não faz referencia a grandeza e à proporção; sustentava que a essência da Beleza, o tamanho do objeto estético era indiferente.
- “A Beleza é o esplendor da harmonia, e a unidade é a forma de toda a beleza” por Jacques Maritain.
O Mal e o Feio nas Obras de Arte
- Reflexões de Santo Agostinho sobre a presença do Mal e do Feio para o campo estético; para chegar a essa conclusão Santo Agostinho partiu da fórmula Aristotélica de que a Beleza é unidade na variedade.
- Santo Agostinho aprofunda a fórmula da unidade na variedade, dizendo que a variedade não deve abranger somente as partes belas de um todo; admite a oposição dos contrários, dos contrastes mais violentos, entre partes belas e feias, partes pertencentes ao bem e partes pertencentes ao mal.
- Para chegar a essa idéia estética da legitimidade do Mal e do Feio na obra de arte, Santo Agostinho partiu de reflexões sobre o Mal e o Feio no próprio mundo da vida, no universo. Fez referência expressa a “Beleza do universo, a qual, por disposição de Deus, se faz mais patente ainda pela oposição aos contrários”.
- O Feio entra pela primeira vez como legítimo no campo estético, admitindo como fator de valorização do Belo, e ambos aptos a fornecer assunto para criação da Beleza.
Teoria Tomista da Beleza
- O pensamento estético de Tomás de Aquino é realista objetivista: é a busca da essência da Beleza no objeto, seja este pertencente ao universo da Arte ou da Natureza.
- Para ele, não existe um só canôn legítimo para a Beleza - o grego, coisa que foi mais bem explicitada pelos tomistas do que mesmo por ele.
- “A Beleza é aquilo que agrada a visão” por Tomás de Aquino.
- Segundo Jacques Maritain “Beleza é aquilo que, pelo simples fato de ser captado numa intuição, deleita”
Visão Objetivista da Beleza na Teoria Tomista
- Segundo Jacques Maritain “Para a Beleza, três coisas se requerem. Primeiro, integridade ou perfeição, porque o que não tem integridade é feio. Depois a devida proporção, ou harmonia. E por fim a claridade, pelo que acham-se belas as coisas que tem cor nítida”.
- “Integridade, porque a inteligência ama o ser; harmonia, porque a inteligência ama a ordem e a unidade; finalidade, e, sobretudo, brilho, ou claridade, porque a inteligência ama a luz e a integridade”
Entendimento Não-acadêmico da Beleza
- Quando se fala em uma harmonia diferente é preciso ter em vista que harmonia clássica grega, é harmonia diferente.
- Quando se fala em claridade, isso não significa que certas obras de arte, de sentido enigmático e obscuro, não tenham a claridade da Beleza.
- Quando se fala em integridade, é preciso lembrar que uma coisa é a integridade dos seres da Natureza, e outra a dos objetos ou pessoas que aparecem na obra de arte.
- Assim, deve-se esclarecer que a integridade, a harmonia e a claridade a que São Tomás se refere devem ser entendidas na obra de arte, no seu universo particular.
A Fruição da Beleza
- Quanto à fruição da Beleza, o ensinamento de Plotino continua vivo: nela, a inteligência reconhece a si própria, reencontra-se, a alma reconhece uma afinidade consigo mesma.
- Segundo Jacques Maritain, a fruição da Beleza procura mostrar que é ao mesmo tempo intelectual - como diziam os escolásticos – e dependente da imaginação, da apreensão intuitiva do sensível, como Kant e Bergson tinham acentuado. Quer dizer: na relação do contemplador com o objeto estético, a forma é a radiação secreta e íntima das coisas enquanto se entrega à intuição, à imaginação e à contemplação.
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